Com o peito desnudo e um punhal em mãos, a cantora e compositora baiana surge como uma espécie de guerreira, pronta para o combate. Um indicativo eficiente de sons raivosos e intimistas que se estendem por todo o disco, espantando ainda pela inovação. Basta um rápido passeio por composições como Alcunha de Ladrão ou a punk Cerca de Prédios para perceber a completa versatilidade da compositora, capaz de discutir temas como racismo, crise política, especulação imobiliária, corrupção e criminalidade de forma acessível e íntima. Selvática sobrevive como um trabalho que se estende para além dos limites e versos de cada canção. Curioso pensar que parte dos conceitos utilizados por Karina Buhr para a construção do trabalho foram compilados da bíblia, textos escritos há mais de dois mil anos, prova de que Selvática não é apenas um disco provocativo, atemporal, mas sim necessário.
MÚSICAS:
01. Dragão
02. Eu sou um monstro
03. Conta gotas
04. Pic Nic
05. Esôfago
06. Cerca de prédio
07. Vela e Navalha
08. Rimã
09. Alcunha de ladrão
10. Desperdiço-te-me
11. Selvática
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